" (...) O que foram na verdade os reis primitivos? Guerreiros audaciosos que os companheiros de armas levantaram nos escudos acima das suas cabeças. E o que foi o maior de entre os Reis, aquele cujo nome ribomba como um trovão na História deste século? Um militar ambicioso que, elevado ao Império pelos soldados, não se deu por contente enquanto não pôs o pavês que o levantara em cima das costas dos outros Reis da Europa que lhe serviram de pés ao trono.
E entretanto, a despeito da sua incomparável grandeza de ânimo, a despeito das qualidades únicas de mando com que a Providência o dotara, talvez para castigo de muitos, por certo para exemplo de todos, caíu esse colosso e o grande Imperador foi derrubado por esses mesmos que tanta vez vencera. Faltava-lhe a tradição da Monarquia, da linhagem Real, que cimenta e consagra a autoridade dos Reis legítimos. (...) "
- Joaquim Mouzinho de Albuquerque, in Carta ao Príncipe Real D. Luís Filipe de Bragança, Guimarães Editores, Outubro de 2008.
É esta legitimidade que advém da tradição e de uma linhagem, fundadas na continuidade histórica , que nos leva a aceitar quase instintivamente o Príncipe que temos, e a sentirmos imediata repulsa tanto por fantasiosos e duvidosos pretendentes italianos, como por colaterais que pelos vistos viveram décadas sob reserva mental embora sem nunca deixarem de cortejar o Príncipe legítimo.
Eu não poria tudo no mesmo saco... Há quem esteja "na linha" e quem não esteja. E repulsa, no primeiro caso, talvez seja muito forte. Não-adesão, talvez :)
ResponderEliminarConcordo com o JP. Não podemos esquecer D. João I.
ResponderEliminarDe acordo, Luís. Ainda me lembro de "certa gente" andar durante anos, a trotar atrás do Senhor D. Duarte. Agora fazem marcha atrás? Tarde demais Por vezes interrogo-me se não andará "por aí" uma questão de subsídios para tentar a desestabilização.
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