" (...) É por esta monarquia que votamos; uma monarquia que nos dias normais seja um símbolo representativo da unidade da pátria e da concórdia dos cidadãos, rodeada de uma corte austera, cujos membros sejam escolhidos pelo Rei e pela Rainha, com a aprovação do primeiro-ministro, e dedicada à função de tutora da constituição e de órgão da vontade do povo nos momentos supremos da vida nacional, quando as outras forças políticas se mostrem incapazes de produzir um governo estável. A esse Rei, lembrados das palavras que em tempos os companheiros de batalha contra os árabes endereçaram em terras de Espanha aos soberanos de novo subidos ao trono, nós, de chapéu na cabeça, dizemos:
« Nós, nenhum dos quais é igual a ti mas que todos juntos somos mais do que tu, declaramos e queremos que sejas Rei para a defesa de todos nós contra qualquer de nós que se erija em opressor nosso e contra a nossa própria loucura se porventura nos persuadíssemos a renunciar à nossa liberdade. Se tu fores Rei para nos defender e às nossas liberdades, nós ser-te-emos fiéis porque seremos, assim fazendo, fiéis a nós próprios, aos nossos avós e aos nossos filhos. Mas se não fores o Rei que queremos, fica sabendo que já não será suficiente o esquecimento do exílio para lavar as tuas culpas.» (...) "
- Luigi Einaudi, Porque vou votar pela Monarquia, artigo publicado no diário italiano L' Opinione a 24 de Maio de 1946.
Estas palavras de Einaudi, escritas no contexto do Referendo italiano Monarquia/República de 1946, cujo resultado ficará sempre marcado por fraudes pró-republicanas em certas regiões, têm, para mim, plena actualidade. Uma corte austera, e o Rei como guardião da Constituição mas não só- também a solução em tempos de instabilidade política. Aliás, não é este o "segredo" do tão bem sucedido Juancarlismo do outro lado da península ?
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